terça-feira, 17 de abril de 2018

Vamos conversar sobre saudade?


Eu gostaria que existisse um mapa, ou pelo menos um "X" marcando quando fosse a hora de cruzar a linha. Sei lá, algo que viesse a alertar o peso que o coração irá carregar. Mas se nós pudéssemos de fato enxergar o que uma saudade poderia nos trazer, estaríamos boicotando nosso próprio jogo. Porque, sem sombra de dúvidas iriamos pular a etapa da dor. E sendo assim, perderíamos a principal lição: "dar valor aos que estão por perto, enquanto eles ainda estão perto".

Não da para comemorar o natal quando ainda estamos na páscoa, do mesmo jeito que não da para passar a vida esperando por um único momento vir nos fazer felizes. Devemos viver todos os dias como se já houvéssemos cruzado a linha e estivéssemos bem em cima do "X". Precisamos viver.

Quando a saudade chegar até você, não existirá definição, ou regras, você apenas saberá que ela chegou, e o tamanho dela remeterá também ao tamanho da sua dor.

Ela faz com que nós nos sintamos vivos, é como se estivéssemos renascendo outras vez. É olhar para o mesmo cenário com um novo olhar, um olhar de quem carrega na pele momentos que já não fazem mais parte do presente.

Então valorize o caminho que você trilha, porque existe uma lenda que a saudade sempre chegará de mãos dadas com a felicidade. E será um sentimento que sobreviveu a todos os dias ruins, para nos dar a resiliência necessária para recomeçar. 

Todos os momentos irão passar. Eles sempre passam, então se jogue no feeling, a vida é uma estrada repleta de nostalgia, ou você as carrega em fragmentos de realidade, ou viva isolado e imune. Mas também completamente infeliz. 

Saudade: felicidade com roupa vestida no avesso.




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