Eu gostaria que existisse um mapa, ou pelo
menos um "X" marcando quando fosse a hora de cruzar a linha. Sei lá,
algo que viesse a alertar o peso que o coração irá carregar. Mas se nós
pudéssemos de fato enxergar o que uma saudade poderia nos trazer, estaríamos
boicotando nosso próprio jogo. Porque, sem sombra de dúvidas iriamos pular a
etapa da dor. E sendo assim, perderíamos a principal lição: "dar valor aos
que estão por perto, enquanto eles ainda estão perto".
Não da
para comemorar o natal quando ainda estamos na páscoa, do mesmo jeito
que não da para passar a vida esperando por um único momento vir nos fazer
felizes. Devemos viver todos os dias como se já houvéssemos cruzado a linha e
estivéssemos bem em cima do "X". Precisamos viver.
Quando a saudade chegar até você, não existirá definição,
ou regras, você apenas saberá que ela chegou, e o tamanho dela remeterá também
ao tamanho da sua dor.
Ela faz com que nós nos sintamos vivos, é como se estivéssemos renascendo outras vez. É olhar para o mesmo cenário com um novo olhar, um olhar de quem carrega na pele momentos que já não fazem mais parte do presente.
Então valorize o caminho que você trilha, porque existe uma lenda que a saudade sempre chegará de mãos dadas com a felicidade. E será um sentimento que sobreviveu a todos os dias ruins, para nos dar a resiliência necessária para recomeçar.
Todos os momentos irão passar. Eles sempre passam, então se jogue no feeling, a vida é uma estrada repleta de nostalgia, ou você as carrega em fragmentos de realidade, ou viva isolado e imune. Mas também completamente infeliz.
Saudade: felicidade com roupa vestida no avesso.
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